A pesquisa com células tronco é talvez a área da ciência que abrigue o maior número de espectativas tanto da população quanto do meio médico. Porém, por trás dessa esperança está a polêmica entre ciência e religião.
O fato das células tronco "mais promissoras" estarem contindas no embrião, fez com que os cientistas iniciassem suas pesquisas com os mesmos, porém, a igreja católica não permitiu o avanço dos estudos , por mais que a fertilização seja feita em vitro. Mesmo assim os avanços da ciência nessa área não estancaram devido a presença das mesmas células na medula óssea, como também no cordão umbilical. As células tronco poderiam criar em laboratório órgãos que seriam usados para transplantes de pacientes necessitados. Porém, esse tipo de procedimento só será possível no momento em que tivermos como criar em grande número essas células, ou seja, somente com células embrionárias de laboratório.
A igreja alega que um embrião é um ser humano em potencial, que desde o estágio da fecundação, onde é formado o zigoto, aquilo que está a se desenvolver já tem vida. Alguns cientistas comparam essa polêmica com a doação de coração dos pacientes que têm falência cerebral. O coração não pode ser retirado de óbitos, pois é preciso que ele esteja ainda funcionando. Então, foi determinado por lei que o órgão seja retirado dos índivíduos que estejam em estado de coma onde o cérebro não cumpre com as suas funções. Portanto, se formos comparar com um embrião é a mesma situação, os dois "funcionam", porém, não têm o sistema nervoso ativo, não pensam, portanto, não são seres humanos.
As células-tronco podem contribuir para a estabilidade de doentes com doenças degenerativas como cirrose e diabetes mas não curá-las. Testes feitos em pacientes com esclerose múltipla mostraram resultados positivos. O mais interessante é que assim como na esclerose e como em doenças regenerativas do pulmão, por exemplo, as células não são aplicadas diretamente no local do problema, são somentes postas na corrente sanguínea por intermédio de uma seringa, e depois as células-tronco de uma maneira inteligente agem diretamente no tecido que necessita regeneração.
As células tronco podem representar a cura para muitas pessoas, portanto, se for necessário utilizar seres humanos em potencial para salvar indivíduos REAIS então que assim seja. Se a igreja quer manter seus dogmas então que faça, mas que pessoas não morram com a sua cura guardada dentro de uma gaveta de laboratório.
Felipe, teu parágrafo de conclusão realmente retrata bem o que eu penso também. Como pesquisamos, as células-tronco, podem salvar a vida de muitas pessoas. Portanto, de que adianta deixarmos a "cura", como tu mesmo falou, guardada dentro de uma gaveta de laboratório? Se muitas vezes, o destino do embrião, do qual são utilizadas as células vai ser colocado no lixo? Bom, tenho a esperança de que um dia a Igreja Católica mude seus dogmas, enquanto isso, fico feliz pela ciência cada vez mais estar evoluindo para o nosso bem.
ResponderExcluirRealmente tua conclusão ficou muito boa, é exatamente como eu penso, se temos a capacidade de evoluir porque parar e deixar que muitos continuem sofrendo? A respeito do texto, muito bom, trouxe umas informações muito válidas que eu não conhecia.
ResponderExcluirFilipe, acho que tu retratou muito bem a posição da igreja, e a tua indignação com ela. Acho que é isso aí mesmo, nada pode impedir a ciência de progredir, ainda mais quando se fala de um progresso como esse: salvar vidas. Parabéns ^^, beijão!
ResponderExcluirBá cara gostei bastante do teu texto, principalmente pelo fato de ter feito uma relaçao com o posicionamento da Igreja católica,e o fato do atraso da evolução. Parabéns.
ResponderExcluirFelipe
ResponderExcluirconcordo plenamente com os teus argumentos sobre a visão da Igreja sobre o esetudas das células-tronco. Gostei muito, pois minha opinião se adequa a tua.
felipe, gosteis bastante do seu trabalho, tu consegues sempre abordar bem os seus pensamentos, dando um enfoque adequado para o assunto. Seus pensamentos se cruzam com os meus, por isso me identifiquei com o seu trabalho. abraços
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